FILOSOFIA DO BLOG

Aprendendo e Ensinando com as TICs







NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA

As tecnologias e as mídias ganham espaço no contexto da escola. Hoje, já faz parte das unidades escolares a existência de biblioteca, sala de DVD e equipamentos como vídeo, rádio, câmera digital, filmadora e computador.
As tecnologias são importantes, mas apenas se soubermos utilizá-las.
 E saber utilizá-las não é apenas um problema técnico
(Dowbor, L., 2001)

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PEDAGOGIA DE PROJETOS: FUNDAMENTOS E IMPLICAÇÕES 
Maria Elizabette Brizola Prado


"Se fizermos do projeto uma camisa-de-força para todas as atividades escolares, estaremos engessando a prática pedagógica." (Almeida, 2001)


Introdução

Atualmente, uma das temáticas que vêm sendo discutidas no cenário educacional é o trabalho por projetos. Mas que projeto? O projeto político-pedagógico da escola? O projeto de sala de aula? O projeto do professor? O projeto dos alunos? O projeto de informática? O projeto da TV Escola? O projeto da biblioteca? Essa diversidade de projetos que circula freqüentemente no âmbito do sistema de ensino muitas vezes deixa o professor preocupado em saber como situar sua prática pedagógica em termos de propiciar aos alunos uma nova forma de aprender integrando as diferentes mídias nas atividades do espaço escolar.

Existem, em cada uma dessas instâncias do projeto, propostas e trabalhos interessantes; a questão é como conceber e tratar a articulação entre as instâncias do projeto para que de fato seja reconstruída na escola uma nova forma de ensinar, integrando as diversas mídias e conteúdos curriculares numa perspectiva de aprendizagem construcionista. Segundo Valente (1999), o construcionismo "significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um objeto) de interesse pessoal de quem produz " (p. 141).

Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, levantar dúvidas, pesquisar e criar
relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. Portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações – que tem como centro do processo a atuação do professor – para criar situações de aprendizagem cujo foco incida sobre as relações que se estabelecem nesse processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo a partir das relações criadas nessas situações. A esse respeito Valente (2000) acrescenta: "(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com [os alunos] diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados e representados em termos de três construções: procedimentos e estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e estratégias e conceitos sobre aprender" (p. 4).

No entanto, para fazer a mediação pedagógica, o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto de vida. Além disso, é fundamental que o professor tenha clareza da sua intencionalidade pedagógica para saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos utilizados, intuitivamente ou não, na realização do projeto sejam compreendidos, sistematizados e formalizados pelo aluno.

Outro aspecto importante na atuação do professor é o de propiciar o estabelecimento de relações interpessoais entre os alunos e respectivas dinâmicas sociais, valores e crenças próprios do contexto em que vivem. Portanto, existem três aspectos fundamentais que o professor precisa considerar para trabalhar com projetos: as possibilidades de desenvolvimento de seus alunos; as dinâmicas sociais do contexto em que atua e as possibilidades de sua mediação pedagógica.

O trabalho por projetos requer mudanças na concepção de ensino e aprendizagem e, conseqüentemente, na postura do professor. Hernández (1988) enfatiza que o trabalho por projeto "não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola" (p. 49). Essa compreensão é fundamental, porque aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos, acabam se frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da complexidade que envolve a realidade de sala de aula, do contexto escolar.

Mas que realidade? Claro que existem diferenças e todas precisam ser tratadas com seriedade para que a comunidade escolar possa constituir-se em um espaço de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo, afetivo, cultural e social dos alunos. Uma realidade com a qual o professor depara atualmente é caracterizada pela chegada de novas tecnologias (computador, Internet, vídeo, televisão) na escola, que apontam novos desafios para a comunidade escolar. O que fazer diante desse novo cenário? De repente, o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação pedagógica – tal como havia sido preparado durante sua vida acadêmica e pela sua experiência em sala de aula – se vê diante de uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica.

A pedagogia de projetos, embora constitua um novo desafio para o professor, pode viabilizar ao aluno um modo de aprender baseado na integração entre conteúdos das várias áreas do conhecimento, bem como entre diversas mídias (computador, televisão, livros) disponíveis no contexto da escola. Por outro lado, esses novos desafios educacionais ainda não se encaixam na estrutura do sistema de ensino, que mantém uma organização funcional e operacional – como, por exemplo, horário de aula de 50 minutos e uma grade curricular seqüencial – que dificulta o desenvolvimento de projetos que envolvam ações interdisciplinares, que contemplem o uso de diferentes mídias disponíveis na realidade da escola e impliquem aprendizagens que extrapolam o tempo da aula e o espaço físico da sala de aula e da escola.

Daí a importância do desenvolvimento de projetos articulados que envolvam a co-autoria dos vários protagonistas do processo educacional. O fato de um projeto de gestão escolar estar articulado com o projeto de sala de aula do professor, que por sua vez visa propiciar o desenvolvimento de projetos em torno de uma problemática de interesse de um grupo de alunos, integrando o computador, materiais da biblioteca e a televisão, torna-se fundamental para o processo de reconstrução de uma nova escola. Isso porque a parceria que se estabelece entre os protagonistas (gestores, professores, alunos) da comunidade escolar pode facilitar a busca de soluções que permitam viabilizar a realização de novas prática pedagógicas, tendo em vista a aprendizagem para a vida.

A pedagogia de projetos, na perspectiva da integração entre diferentes mídias e conteúdos, envolve a interrelação de conceitos e princípios, os quais sem a devida compreensão podem fragilizar qualquer iniciativa de melhoria de qualidade na aprendizagem dos alunos e de mudança da prática do professor. Por essa razão, os tópicos a seguir abordam e discutem alguns conceitos, bem como possíveis implicações envolvidas na perspectiva da pedagogia de projetos, que se viabiliza pela articulação entre mídias, saberes e protagonistas.

Conceito de projeto

A idéia de projeto envolve a antecipação de algo desejável que ainda não foi realizado, traz a idéia de pensar uma realidade que ainda não aconteceu. O processo de projetar implica analisar o presente como fonte de possibilidades futuras (Freire e Prado, 1999). Tal como vários autores(2) sugerem, a origem da palavra projeto deriva do latim projectus, que significa algo lançado para a frente. A idéia de projeto é própria da atividade humana, da sua forma de pensar em algo que deseja tornar real, portanto o projeto é inseparável do sentido da ação (Almeida, 2002). Assim, Barbier (In Machado, 2000) salienta: "(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma idéia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma idéia a transformar em acto" (p. 6).

No entanto, o ato de projetar requer abertura para o desconhecido, para o não-determinado e flexibilidade para reformular as metas à medida que as ações projetadas evidenciam novos problemas e dúvidas. Um dos pressupostos básicos do projeto é a autoria – seja individual, em grupo ou coletiva. A esse respeito, Machado (2000) destaca que não se pode ter projeto pelos outros. É por essa razão que enfatizamos que a possibilidade de o professor ter o seu projeto de sala de aula não significa que este deverá ser executado pelo aluno. Cabe ao professor elaborar projetos para viabilizar a criação de situações que propiciem aos alunos desenvolverem seus próprios projetos. São níveis de projetos distintos que se articulam nas interações em sala de aula. Por exemplo, o projeto do professor pode ser descobrir estratégias para que os alunos construam seus projetos tendo em vista discutir sobre uma problemática de seu cotidiano ou de um assunto relacionado com os estudos de certa disciplina, envolvendo o uso de diferentes mídias disponíveis no espaço escolar.

Isso significa que o projeto do professor pode ser constituído pela própria prática pedagógica, a qual será antecipada (relacionando as referências das experiências anteriores e as novas possibilidades do momento), colocada em ação, analisada e reformulada. De certa forma, essa situação permite ao professor assumir uma postura reflexiva e investigativa da sua ação pedagógica e, portanto, caminhar no sentido de reconstruí-la com vistas a integrar o uso das mídias numa abordagem interdisciplinar.

Para isso, é necessário compreender que no trabalho por projetos as pessoas se envolvem para descobrir ou produzir algo novo, procurando respostas a questões ou problemas reais. "Não se faz projeto quando se tem certezas, ou quando se está imobilizado por dúvidas " (Machado, 2000, p. 7). Isso significa que o projeto parte de uma problemática e, portanto, quando se conhece a priori todos os passos para solucionar o problema, esse processo se constitui num exercício e aplicação do que já se sabe (Almeida, 2002). Projeto não pode ser confundido com um conjunto de atividades que o professor propõe para que os alunos realizem a partir de um tema dado pelo professor ou sugerido pelo aluno, resultando numa apresentação de trabalho.

Na pedagogia de projetos, é necessário "ter coragem de romper com as limitações do cotidiano, muitas vezes auto-impostas" (Almeida e Fonseca Júnior, 2000, p. 22) e "delinear um percurso possível que pode levar a outros, não imaginados a priori" (Freire e Prado, 1999, p. 113). Mas, para isso é fundamental repensar as potencialidades de aprendizagem dos alunos para a investigação de problemáticas que possam ser significativas para eles e repensar o papel do professor nessa perspectiva pedagógica, integrando as diferentes mídias e outros recursos existentes no contexto da escola.

Aprendendo e "ensinando" com projetos

A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto. Nessa situação de aprendizagem, o aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de idéias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa com seus pares.

A mediação do professor é fundamental, pois, ao mesmo tempo que o aluno precisa reconhecer sua própria autoria no projeto, ele também precisa sentir a presença do professor, que ouve, questiona e orienta, visando propiciar a construção de conhecimento do aluno. A mediação implica a criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno fazer regulações, uma vez que os conteúdos envolvidos no projeto precisam ser sistematizados para que os alunos possam formalizar os conhecimentos colocados em ação. O trabalho por projeto potencializa a integração de diferentes áreas de conhecimento, assim como a integração de várias mídias e recursos, os quais permitem ao aluno expressar seu pensamento por meio de diferentes linguagens e formas de representação. Do ponto de vista de aprendizagem no trabalho por projeto, Prado (2001) destaca a possibilidade de o aluno recontextualizar aquilo que aprendeu, bem como estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Nesse processo, o aluno pode ressignificar os conceitos e as estratégias utilizados na solução do problema de investigação que originou o projeto e, com isso, ampliar seu universo de aprendizagem.

Em se tratando dos conteúdos, a pedagogia de projetos é vista por seu caráter potencializador da interdisciplinaridade. Isto de fato pode ocorrer, pois o trabalho com projetos permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada da aprendizagem. No entanto, muitas vezes o professor atribui valor para as práticas interdisciplinares, e com isso passa a negar qualquer atividade disciplinar. Essa visão é equivocada, pois Fazenda (1994) enfatiza que a interdisciplinaridade se dá sem que haja perda da identidade das disciplinas. Nesse sentido, Almeida (2002) corrobora com essas idéias destacando:

"(...) que o projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no desenvolvimento das investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria identidade, ao mesmo tempo, que estabelecem articulações horizontais numa relação de reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em construção" (p. 58).

O conhecimento específico – disciplinar – oferece ao aluno a possibilidade de reconhecer e compreender as particularidades de um determinado conteúdo, e o conhecimento integrado – interdisciplinar – dá-lhe a possibilidade de estabelecer relações significativas entre conhecimentos. Ambos se realimentam e um não existe sem o outro.

Esse mesmo pensamento serve para orientar a integração das mídias no desenvolvimento de projetos. Conhecer as especificidades e as implicações do uso pedagógico de cada mídia disponível no contexto da escola favorece ao professor criar situações para que o aluno possa integrá-las de forma significativa e adequada ao desenvolvimento do seu projeto. Por exemplo, quando o aluno utiliza o computador para digitar um texto, é importante que o professor conheça o que envolve o uso desse recurso em termos de ser um meio pedagógico, mas um meio que pode interferir no processo de o aluno reorganizar suas idéias e a maneira de expressá-las. De igual maneira em relação a outras mídias que estão ao alcance do trabalho pedagógico. Estar atento e buscando a compreensão do uso das mídias no processo de ensino e aprendizagem é fundamental para sua integração no trabalho por projetos.

De fato, a integração efetiva poderá ser desenvolvida à medida que sejam compreendidas as especificidades de cada universo envolvido, de modo que as diferentes mídias possam ser integradas ao projeto, conforme suas potencialidades e características, caso contrário, corre-se o risco da simples justaposição de mídias ou de sua subutilização. Isso nos reporta a uma situação já conhecida de muitos professores que atuam com a informática
na educação. Um especialista em informática que não compreende as questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem terá muita dificuldade para fazer a integração das duas áreas de conhecimento – informática e educação. Isso também acontece no caso de um especialista da educação que não conhece as funcionalidades, as implicações e as possibilidades interativas envolvidas nos diferentes recursos computacionais. Claro que não se espera a mesma expertise nas duas áreas de conhecimento para poder atuar com a informática na educação, mas o desconhecimento de uma das áreas pode desvirtuar uma proposta integradora da informática na educação. Para integrá-las, é preciso compreender as características inerentes às duas áreas e às práticas pedagógicas nas quais essa integração se concretiza.

Essa visão atualmente apresenta-se de forma mais ampla, uma vez que o desenvolvimento da tecnologia avança vertiginosamente e sua presença na escola se torna mais freqüente a cada dia. Uma preocupação é que o professor não foi preparado para desenvolver o uso pedagógico das mídias. E para isso não basta que ele aprenda a operacionalizar os recursos tecnológicos, a exigência em termos de desenvolver novas formas de ensinar e de aprender é muito maior. Essa questão, no entanto, diz respeito à formação do professor – aquela que poderá ser desenvolvida na sua própria ação e de forma continuada, pois hoje com a tecnologia basta ter o apoio institucional que prioriza a qualidade do trabalho educacional.

Algumas considerações

O fato de a pedagogia de projetos não ser um método para ser aplicado no contexto da escola dá ao professor uma liberdade de ação que habitualmente não acontece no seu cotidiano escolar. No entanto, essa situação pode provocar um certo desconforto, pois seus referenciais sobre como desenvolver a prática pedagógica não se encaixam nessa perspectiva de trabalho. Assim, surgem entre os professores vários tipos de questionamentos, que representam uma forma interessante na busca de novos caminhos. Mas se o trabalho por projetos for visto tanto pelo professor como pela direção da escola como uma camisa-de-força, isso pode paralisar as ações pedagógicas e seu processo de reconstrução.

Uma questão que gera questionamento entre os professores é o fato de que nem todos os conteúdos curriculares previstos para serem estudados numa determinada série/nível de escolaridade são possíveis de serem abordados no contexto do projeto. Essa é uma situação que mostra que o projeto não pode ser concebido como uma camisa-de-força, pois existem momentos em que outras estratégias pedagógicas precisam ser colocadas em ação para que os alunos possam aprender determinados conceitos.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha abertura e flexibilidade para relativizar sua prática e as estratégias pedagógicas, com vistas a propiciar ao aluno a reconstrução do conhecimento. O compromisso educacional do professor é justamente saber o que, como, quando e por que desenvolver determinadas ações pedagógicas. E para isso é fundamental conhecer o processo de aprendizagem do aluno e ter clareza da sua intencionalidade pedagógica.

Outro questionamento que normalmente vem à tona diz respeito à duração de um projeto, uma vez que a atuação do professor segue um calendário escolar e, portanto, pensar na possibilidade de ter um projeto sem fim cria uma certa preocupação em termos de seu compromisso com os alunos de uma determinada turma. Nesse sentido, uma possibilidade seria pensar no desenvolvimento de um projeto que tenha começo, meio e fim, tratando esse fim como um momento provisório, ou seja, que a partir de um fim possam surgir novos começos. A importância desse ciclo de ações é justamente que o professor possa criar momentos de sistematização dos conceitos, estratégias e procedimentos utilizados no desenvolvimento do projeto. A formalização pode propiciar a abertura para um novo ciclo de ações num nível mais elaborado de compreensão dando, portanto, o formato de uma espiral ascendente, representando o mecanismo do processo de aprendizagem.

Referências bibliográficas

ALMEIDA, F. J.;FONSECA JÚNIOR, F. M. Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed/ Proinfo – Ministério da Educação, 2000.

ALMEIDA, M. E. B. de. Como se trabalha com projetos (entrevista). Revista TV Escola. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, no 22, março/abril, 2002.

PROEM. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo, 2002.

FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas Papirus, 1994.

FREIRE, F. M. P.; PRADO, M. E. B. B. Projeto pedagógico: pano de fundo para escolha de um softwares educacional.

In VALENTE, J. A. (Org.) O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp-nied, 1999.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

MACHADO, N. J. Educação: projetos e valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2000.

PRADO, M. E. B. B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do Salto para o Futuro. Série Tecnologia e Currículo, TV Escola. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed. Ministério da Educação, 2001.

PROEM. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo, 2002.

VALENTE, J. A. Formação de professores: diferentes abordagens pedagógicas. In VALENTE, J. A. (Org.) O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp-nied, 1999.

REPENSANDO as situações de aprendizagem: o fazer e o compreender. Boletim do Salto para o Futuro. TV Escola. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – Seed. Ministério da Educação, 2002.

Notas:
(1) Pesquisadora-colaboradora do Núcleo de Informática Aplicado à Educação (Nied-unicamp) e doutoranda do Programa de Pós- Graduação em Educação: currículo da PUC-SP.
(2) Tais como: Machado (2000); Freire e Prado (1999); Almeida (2002); Almeida e Fonseca Júnior (2000).
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DIÁRIO DE BORDO

VÍDEO: "Olhando para a prática do professor com o uso da tecnologia"
VÍDEO: "Uso dos recursos tecnológicos na prática pedagógica"
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FORUM: UNIDADE 1

 USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA


O uso dos recursos tecnológicos na prática pedagógica é indispensável para um aproveitamento maior e de melhor qualidade dos conteúdos educacionais, pois são inúmeras as possibilidades para o ensino/aprendizagem oferecidas por esses recursos, tanto para o educador como para o educando. Entretanto, torna-se necessário que mais profissionais se capacitem nas áreas para essa prática, porque não é apenas, por exemplo, levando um vídeo para sala de aula que se aprenderá algo, é preciso todo um planejamento pedagógico para a abordagem didática do vídeo. Por isso a necessidade de aprender para ensinar. "O universo da escola é um dos espaços direcionados para formação e transformação dos alunos de acordo com os atuais paradigmas que caracterizam a sociedade do conhecimento, fortemente marcada pelo uso intesivo de meios de comunicação e informação." (Revista Gestão em Rede, 2006)
O avanço das novas tecnologias na educação, possibilita ao aluno um leque enorme de informações, que devem ser qualificadas para a formação adequada, ou seja, devem ser manuseadas por profissionais capacitados para desenvolvê-las no contexto educacional. É preciso não somente informar, mas formar o cidadão para o convívio na sociedade. Esse é o papel do educador, buscar meios para essa formação, embasada em valores éticos e morais.

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Hipertexto

Navegando pela internet encontrei uma postagem no Blog da Prof.ª Débora Sebrien, intitulado Internetando, sobre o 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologia na Educação: redes sociais e aprendizagem, realizado em Pernambuco, no mês de dezembro de 2010. Um dos palestrantes, o renomado professor e filosofo Pierre Lévy, fala sobre a importância do Hipertexto. O tema da conferência foi: “Do hipertexto opaco ao hipertexto transparente.”.
A conferência está dividida em quatros partes, com legendas em português, e publicada no canal de vídeos do Núcleo de Estudos em Hipertexto e Tecnologia Educacional (NEHTE), do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 
Mas afinal, o que é um Hipertexto? De acordo com Bugay & Ulbricht (2000), o hipertexto é um modelo de organização da informação  que “permite situar assuntos distintos inter-relacionados em diferentes níveis de aprofundamento, proporcionando a personalização do processo de ensino-aprendizagem e permitindo ao usuário trabalhar em seu próprio ritmo, nível e estilo, adequando às suas características e interesses”.
Perceber a ligação direta que o hipertexto tem com o processo de aprendizagem e naturalmente, com a educação, nos possibilita compreender o texto dentro de um contexto extenso e variado, cheio de ramificações para outros textos e orientações para outras produções e aplicações.  Sistemas de hipertexto são positivos à medida que facilitam um ambiente em que o processo de aprender ocorre de forma “incidental e por descoberta”, já que ao buscar informações sobre um assunto específico, o usuário acaba tendo contato com diversos outros temas e gere a construção da leitura e do próprio conhecimento a partir das suas curiosidades e interesses. Essa forma de aprendizagem é considerada mais “duradoura e transferível” (até pela própria estrutura de funcionamento do cérebro) do que aquela “direta e explícita”, além de ser verdadeiramente interdisciplinar, e mais contextualizada e globalizada.
De acordo com Lévy (1993), o hipertexto possui princípios abstratos que permitem preservar as múltiplas interpretações do modelo de hipertexto:
“O princípio da metamorfose – a rede está em constante construção e renegociação com todos os elementos que a compõe, sejam eles humanos ou objetos midiáticos.”
“O princípio da hegemoneidade – os elementos de conexão são heterogêneos. Permite colocar ‘em jogo pessoas, grupos, artefatos, forças naturais de todos os tamanhos, com todos os tipos de associações que podemos imaginar’ entre eles.”
“O princípio da multiplicidade e de encaixe de escalas – coloca a capacidade de organização de forma fractal. Qualquer nó ou conexão pode ser analisado como parte de toda uma rede.”
“O princípio de exterioridade – seu universo depende de um exterior indeterminado. Seu crescimento e diminuição dependem de novos elementos externos a ele.”
“O princípio de topologia – ‘A rede não está no espaço, ela é o espaço. ’ Tudo funciona por proximidade.”
“O princípio de modalidade dos centros – A rede possui diversos centros saltando de um nó a outro. Não existe um centro único.”
Para saber mais sobre a analise do Prof. Pierre Lévy confira os vídeos sobre a conferência no canal do YouTube.

Referências bibliográficas:
BUGAY, E. L.; ULBRICHT, V. R. hipermídia. São Paulo: Visual Book, 2000.
LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência. São Paulo: Editora 34, 1993.
Saiba mais sobre o "Hipertexto no Contexto Educacional" clicando aqui. 
Vídeos Relacionados:


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O QUE É WIKI?
Visualizamos como funciona as redes de construção colaborativa na internet, e tomamos como exemplo três sites:
Para entender mais sobre a WIKI veja o vídeo abaixo:
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Unidade 3

UNIDADE 3
CURRÍCULO, PROJETOS E TECNOLOGIAS
FÓRUM 1 - REFLEXÃO

Tomando por base a leitura da entrevista de Pedro Demo “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola” reflita com seus colegas os seguintes pontos:

- Desenvolvo uma prática dialógica com meus alunos? Ouço suas idéias, dúvidas, curiosidades?

- Quais são as estratégias que utilizo e/ou considero que podem ser úteis que podem estabelecer um ambiente de livre expressão que favoreça o diálogo? De que forma as tecnologias podem auxiliar nisso?
Link para o texto: http://www.nota10.com.br/noticia-detalhe/_Pedro-Demo-aborda-os-desafios-da-linguagem-no-seculo-XXI
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FÓRUM 2 – CURRÍCULO E ENSINO

De acordo com o texto “Currículo e Ensino” e a proposta de atividade inserida na Biblioteca, desenvolva uma reflexão considerando os seguintes pontos:

- Os conteúdos identificados na sua proposta de aula estão inseridos no currículo formal?

- O que os alunos aprenderam ou poderão aprender com o uso das tecnologias inseridas no currículo?
- O que poderíamos entender, então, por currículo?
TEXTO: Currículo e ensino
Currículo e ensino não são sinônimos, embora sejam conceitos inter-
relacionados. Assim, a elaboração de um currículo depende diretamente da
concepção de conhecimento, ensino e aprendizagem que se tem. Registramos que o
currículo tem sido orientado à transmissão de conhecimentos socialmente válidos e
resultantes de uma seleção organizada intencionalmente com o objetivo de que o
aluno alcance determinados resultados. Enfatizamos, no entanto, que o
desenvolvimento do currículo, na realidade da escola e no contexto da sala de aula,
vai além das grades curriculares e envolve toda a escola, a vida dos alunos, o entorno
escolar, os acontecimentos locais e globais que interferem no sistema de relações
estabelecido na dinâmica do processo educacional.
Destacamos, portanto, que uma educação voltada à construção de uma
sociedade justa e igualitária, que respeite as diferenças e os diferentes, trabalha no
sentido de ampliar os direitos dos educandos às ciências, às artes, à cultura, às
tecnologias de comunicação e informação e às múltiplas linguagens de expressão e
comunicação que constituem os sistemas simbólicos de uma sociedade.
A integração de tecnologias de informação e comunicação permite, com efeito,
interligar essas duas vertentes em novas práticas pedagógicas com o uso da internet e
web, o que proporciona expandir as situações de aprendizagem e englobar a
complexidade crescente do conhecimento, da ciência e da tecnologia.
Ademais, o uso dessas tecnologias em processos de aprendizagem propicia o
registro digital das produções dos alunos, criando condições para que seja possível
identificar as dificuldades e os avanços dos alunos, bem como reconhecer o que foi
trabalhado do currículo prescrito e o que foi integrado, que vai além do previsto em
planos e livros didáticos e também é trabalhado na escola.

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BIBLIOTECA

Atividade 1 Planejando uma atividade usando mídias digitais

Eleja um tema sobre os quais gostaria de trabalhar. Elabore uma atividade em maior detalhe a ser desenvolvida com os alunos.

O importante é que seja uma atividade que seja factível com os recursos de que você dispõem na escola. para planejar esta atividade podem e devem usar todos os recursos a que têm acesso
como:
l usar e adaptar atividades que já tenham experimentado antes e que, com o uso da tecnologia possam ser melhoradas;

l pedir ajuda a colegas com sugestões para subsidiar sua atividades;
l pesquisar , no Portal do Professor, no material que está nos computadores em sua escola, no Porta Curtas, sugestões de vídeos, Objetos de Aprendizagem (OA), simulações, animações, arquivos de sons e imagens, etc.

Orientação didática:

O que deve constar em sua aula:

*Série:

*Disciplina:
*Tema:
*Duração das aulas.
*O que o aluno poderá aprender com esta aula.
*Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno.
*Estratégias e recursos da aula.
*recursos complementares.
*Avaliação

Postar o arquivo desta atividade na
Biblioteca Material Aluno, Tema: Planejando uma atividade usando mídias digitais e subtema: Planejamento aula atribuindo um nome que facilite a sua identificação, da seguinte forma; ativ-1_seu nome.